
De acordo com o ''Guardian'', o ativista vem protestanto contra o presidente José Eduardo dos Santos e o seu governo, reivindicando uma mudança urgente no país que a 11 de novembro próximo comemora 40 anos de independência.
"Precisamos de sangue novo, idéias novas e pessoas novas com coragem para fazer coisas de forma diferente", disse. Segundo ele, o problema já está identificado: "a atual elite não tem nada mais a acrescentar, eles devem reconhecer que serviram o país, tiraram vantagem dele e agora é tempo de ceder".
Filho de um falecido político político próximo ao presidente de Angola, Beirão se distanciou do pai ao afirmar inequivocamente não ser "filho do regime". "A genética nada tem a ver com os pontos de vista que que subscrevo… e não entendo como ela me pode forçar a seguir a linha de pensamento do meu pai", explicou.
Segundo o jornal britânico, nos seus concertos, o "rapper" tem criticado frequentemente a classe política angolana, tendo sido detido várias vezes pela polícia devido às suas opiniões frontais contra o governo dirigido pelo MPLA, com José Eduardo dos Santos, há 36 anos no poder como presidente.
As últimas informações dão conta de que o ativista, de 33 anos, foi ontem transferido, "por precaução", do hospital-prisão onde estava internado desde 9 de outubro para uma clínica privada e que o mesmo não corre o risco de morrer na medida em que, apesar de entrar hoje no 26º dia de greve de fome, seu estado de saúde "continua estável".
Da Redacao